greves docentes têm ganhado espaço no debate público nos últimos meses. Na Bahia, os professores da Educação Básica estão há mais de 100 dias parados em negociação com o governo estadual, que reclama não ter condições de pagar o piso salarial. No Ensino Superior, a contestação é parecida: os docentes das instituições federais pedem reajuste no salário inicial e reestruturação dos planos de carreira. As semelhanças entre as reivindicações são sinais de que talvez seja necessário repensar o financiamento da área como um todo.tem dinheiro para bancar campanhas,para correr o mundo viajando o tempo todo,e não tem para melhorar a educação.O pior é que os mais cínicos,usam nosso próprio dinheiro para bancar propagandas enganosas contra o proprio povo,ou seja é mais fácil enganar que educar,voltando aquela maxima que semprefoi combatida:Quanto mais burro e mais ALIENADO,melhor para ser MANIPULADO...
A tendência de muitos, nesse caso, é tratar a questão de maneira simplista, argumentando que seria necessário retirar verba de um dos dois níveis e redirecioná-la para o outro. Essa postura coloca Educação Básica e Superior como antagônicas e ignora o fato de que a reivindicação, no fundo, é a mesma: precisamos valorizar a docência e, para isso, direcionar mais investimentos ao setor.
A expansão do Ensino Universitário ocorrida nos últimos anos, acompanhada de um crescimento insuficiente nos investimentos, são sintomas já vividos durante o processo de universalização do Ensino Fundamental, anos atrás. O resultado também é parecido em ambos os casos: sobrecarga dos professores, salas lotadas e salários estagnados; ou seja, investe-se no aumento da quantidade de vagas, sem que a qualidade seja assegurada.O pior,é que esse grupo que está no poder,historicamente,lutava por essas melhorias,faziam essas greves,"esculhambava o modelo da "direita"e hoje no governo,estão destruindo toda história de lutas construidas.
É necessário ter cautela ao discutir as estratégias para ampliar o Ensino Superior. A expansão da rede universitária está diretamente ligada à formação de professores para a Educação Básica. Quanto mais precários são os cursos universitários, mais se gasta em formação continuada e mais problemas surgem no Ensino Fundamental e no Médio. Não podemos deixar de lado a ligação existente entre os dois níveis e o fato de que, ao se retirar investimentos de um deles, o outro será afetado.
Matéria da Revista Nova Escola(julho de 2012...
Ailton Guimarães | 06:33 | | 0 comentários
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