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Apenas os cidadãos livres e que estivessem inscritos para a competição podiam participar dos Jogos. Os atletas treinavam em suas cidades de origem durante os quatro anos que separavam os Jogos Olímpicos e a 60 dias dos Jogos, todos os atletas se concentravam na cidade de Elis, onde se dedicavam integralmente à sua preparação física.
As mulheres.. bom, para as mulheres nada era simples naquela época. Elas eram proibidas de assistir às disputas e as que fossem casadas corriam o risco de serem condenadas à pena de morte caso fossem flagradas nos locais de competição.
Como o passar dos anos, o cristianismo, que cada vez mais se firmava no Império Romano (os romanos dominavam a Grécia desde 144 a.C) passou a combater os Jogos Olímpicos, pois não via com bons olhos o culto aos esportes “pagãos” e também não tolerava a adoração do fogo sagrado, que, a cada 4 anos era aceso em Olímpia.
Naquela época os Jogos não eram “disputados” e sim, “celebrados”. De acordo com os registros oficiais, a celebração dos Jogos Olímpicos durou até o ano de 394 d. C. quando, por questões religiosas, a celebração foi banida pelo imperador romano, Teodósio.
Em função dessa decisão do imperador Teodósio, essa celebração não mais aconteceu pelos próximos 1500 anos, voltando a ser realizada novamente apenas na Era Moderna, graças ao esforço de um pedagogo e esportista francês, Barão Pierre de Coubertin.
Apesar de ter estudado Ciência Política e seguido a carreira militar, o negócio de Pierre de Coubertin era mesmo educacional. Disposto a reformar o sistema educacional da França, Pierre de Coubertin viu no esporte e nos ideais olímpicos gregos, uma fonte de inspiração para o aperfeiçoamento do ser humano.
No dia 23 de junho de 1894, durante um congresso de educação e pedagogia, Coubertin defendeu a criação de um órgão internacional que unificasse as diferentes disciplinas esportivas e que promovesse a realização de uma competição internacional entre atletas amadores, de quatro em quatro anos. A intenção de Coubertin era ampliar para o mundo o que já havia acontecido na Grécia Antiga.
A idéia foi prontamente aceita pelos 13 delegados de países presentes no congresso e naquele mesmo dia foi criado o COI (Comitê Olímpico Internacional). Também em 23 de junho de 1894 decidiu-se que os I Jogos Olímpicos da Era Moderna, como passaram a ser chamados, aconteceriam dois anos depois, em 1896, na Grécia.
O lema dos Jogos Olímpicos da Era Moderna passou a ser: “O importante é competir”. A primeira edição das Olimpíadas modernas foi marcada para a primavera de 1896, em Atenas, após o rei Jorge I ceder a cidade para a realização dos Jogos. A Grécia, porém, passava por uma grave crise financeira e os Jogos Olímpicos daquele ano só aconteceram graças a uma generosa contribuição do bilionário arquiteto egípcio Georgios Averoff.
No dia 6 de janeiro de 1896, finalmente a chama olímpica brilhou novamente. Recomeçavam os Jogos Olímpicos, com a presença de 13 países e 311 atletas.
Observe, que envolve culturas, etnías, religiões, política...a Educação Física, e a história, graças a ela, podemos viajar no tempo, e é essa a proposta dessa etapa da nossa atividade.
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